Minas Gerais

Se quem te conhece não esquece jamais, quem leva um pouco de Minas Gerais para a casa, se faz mineiro de coração.

São peças bordadas, moldadas, costuradas, feitas a mão, de barro, madeira, palha ou pedras. Peças com diversos tamanhos, cores e texturas. Falamos do artesanato mineiro, falamos de arte, falamos de tradição.

Técnicas passadas de geração em geração. Uma verdadeira herança cultural, viva entre famílias, presente na memória imortalizada nas prateleiras.

Pelos caminhos de Minas, descobriremos juntos artefatos e personagens, que fizeram das técnicas do bom e velho artesanato mais que parte de sua vida, fizeram de sua vida à dedicação à arte de criar com as mãos.

Veremos nas seculares janelas dos antigos casarões, o tremular de tecidos, bordados em cores e criados aos sons das cantigas de suas artesãs, tecidos que representam às moças de uma região, que são levados à beira dos rios pelas lavadeiras para se renovarem como o alvorecer de um novo dia.

Da palha ao bambu, às tranças de fibras, da pedra sabão aos diamantes e ouro, uma infinidade de materiais a disposição das mãos que atravessam o tempo, sem medo do adormecer, na certeza da continuidade de uma arte.

Falamos da fé e devoção despertam imagens sacras, nos altares às imagens carregam, a força divina de uma gente cristã, religiosa, na madeira oca carregam o vácuo em seu interior, revelando contos de um Brasil colonial e seus contrabandos de riquezas rumo ao litoral

Fé negra nos quilombos, negras mãos à emoldurar panelas, utensílios, cestas e redes dos quilombos às matas mãos indígenas encontram na natureza a ornamentação através da arte plumária.

Bem Vindo a Minas Gerais, terra onde o artesanato se faz valer na história, onde os caminhos se cruzam e a história se faz presente no futuro através da arte das mãos de um povo.

Felipe Diniz Marinho

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